Cultivar hortelã em vasos é uma excelente maneira de ter essa planta aromática sempre à mão, mesmo em espaços pequenos.
Muito utilizada no preparo de chás, a hortelã também é conhecida por suas propriedades digestivas, calmantes e refrescantes.
Seu cultivo em casa garante folhas sempre frescas, sem agrotóxicos, prontas para serem usadas em infusões, receitas culinárias ou mesmo como planta ornamental.
Mas para que ela cresça saudável e produtiva, alguns cuidados são essenciais.
Veja neste guia tudo o que você precisa saber!
Conteúdos
Por que escolher o vaso certo

Um vaso adequado é o primeiro passo para o sucesso no cultivo da hortelã. O ideal é que ele tenha entre 30 e 40 cm de diâmetro, com furos no fundo para garantir a drenagem da água.
Os melhores materiais são cerâmica, barro ou plástico resistente, desde que permitam boa aeração das raízes. A hortelã possui raízes rizomatosas que se espalham rapidamente, ocupando todo o espaço disponível.
Por isso, evite plantá-la junto com outras ervas: ela tende a competir por nutrientes e sufocar plantas vizinhas. Um vaso exclusivo evita a invasão e facilita o manejo do crescimento.
Como preparar o substrato ideal
A hortelã prefere solos ricos em matéria orgânica e bem drenados.
Monte o vaso com uma camada de drenagem usando argila expandida e carvão vegetal.
Sobre essa camada, é importante colocar uma manta de fibra ou tecido geotêxtil: isso evita que a água leve embora os nutrientes e partículas do solo durante as regas.
Em seguida, adicione uma mistura de terra vegetal com composto orgânico.
Cubra o solo com musgo seco ou pedrinhas para ajudar a conservar a umidade.
Iluminação e posição ideal
Essa planta gosta de luz, mas não tolera sol forte direto por muito tempo.
O melhor é mantê-la em locais com luz indireta ou sol suave, como varandas e janelas bem iluminadas. Em dias frios ou com muito vento, proteja o vaso.
Rega: equilíbrio entre umidade e encharcamento

Manter o solo sempre úmido é essencial, mas sem encharcar. Regue diariamente ou até duas vezes ao dia em períodos de calor intenso. Se notar que a água está acumulando no fundo, reveja a drenagem.
Sinais de pouca rega: folhas murchas, com bordas secas ou quebradiças, e crescimento lento.
Sinais de excesso de rega: folhas amareladas, solo com cheiro desagradável, presença de mofo e base do caule apodrecendo.
Observar esses sinais ajuda a ajustar a frequência e o volume das regas com precisão.
Adubação: mantê-la nutrida e produtiva
A cada dois meses, adube com húmus de minhoca ou esterco bem curtido.
Se as folhas estiverem amareladas, pode ser sinal de deficiência de nutrientes. Uma opção prática é o uso de adubo orgânico líquido diluído em água.
Também é possível utilizar adubos químicos, como NPK 10-10-10, desde que com moderação.
Aplique sempre diluído e evite excessos para não comprometer o sabor e a saúde da planta.
Não aplique adubo químico muito próximo das colheitas, especialmente se for utilizar as folhas em chás ou receitas culinárias.
Poda e colheita sem estresse
A colheita deve ser feita com tesoura limpa, cortando os caules a cerca de 5 cm do solo.
Sempre que possível, realize o corte logo acima de um nó aquele ponto do caule onde nascem folhas ou ramos laterais. Isso estimula o surgimento de novos brotos e torna a planta mais densa e vigorosa.
Podas regulares evitam que a planta fique lenhosa e menos aromática.
Principais problemas e como resolvê-los
- Solo ressecado: aumente a frequência da rega e avalie a proteção do solo.
- Excesso de água: melhore a drenagem e reduza a quantidade de água.
- Pragas como lagartas ou pulgões: faça inspeções regulares e remova manualmente ou com solção de sabão.
- Pouca luz: mova o vaso para um local mais iluminado.
Com esses cuidados simples, seu pé de hortelã vai crescer viçoso e cheio de aroma.
E você, qual dessas etapas considera mais desafiadora? Compartilhe nos comentários!